terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Empeno Arruda-Montejunto-Arruda 2012

Afinal a vaca tossiu…

Depois de tanto me matutar, “se chover, não vou, nem que a vaca tussa”, lá fui na companhia do Carlos e do Lapierre ( o grande responsável da vaca tossir), para uma jornada de BTT.

Arruda-Montejunto-Arruda… para quem conhece, subir a serra de Montejunto e desce-la, por si só, já é um desafio. Vir da Arruda e voltar, é uma aventura.
Apesar do passeio ter sido cancelado à ultima da hora, por coincidir com uma prova organizada que passava em grande parte dos trilhos na serra, lá acabámos por manter o pacto, e não fomos os únicos, pois o parque da praça de touros de Arruda dos vinhas, estava lotado e fizemos todo o percurso a cruzarmos com mais malucos.

A volta já se adivinhava difícil, mas foi uma surpresa o estado do terreno ter ficado tão mau, apenas com um dia de chuva.

Até ao limiar da serra, pode-se afirmar que não estava assim tão mau, chuva, mas pouca, algumas poças, mas sendo a maior parte do percurso em tout-venant, até se torna um bom pavimento para se rolar. Contudo à chegada da serra o terreno começou a ficar argiloso e rochoso e quando assim é, a coisa começa-.se a complicar… começam e surgir os problemas mecânicos e o desgaste a acumular-se. E ainda nem tínhamos começado a subir, já a minha corrente começava a “chupar” na pedaleira pequena. E bastou mais 50m a Lapierre sentiu inveja e fez o mesmo. Conclusão, a partir daí foi tudo na pedaleira do meio… e na pedaleira do sapato.

Depois de 1hora, ou mais, lá atingimos o cume da serra, onde conseguimos lavar a engrenagem e durante um pouco, minimizamos esse problema, pelo menos até às antenas. O pior estava ultrapassado, pensámos nós.

Venha a descida… iuuuupi……ooooops (em português bem português (fod….cara….mos fod…..para esta mer….)) A descida era mais difícil que a subida. Um single completamente feito à lá pata. Escorregadio, pedregulho e lama com fartura. Aí confirmei que o Lapierre quando leva o sapatinho branco, torna-se mesmo um bom bailarino.

Com tamanha desilusão, só nos restava fazer o caminho de regresso. Zonas com bastante lama, tornava inciclável alguns trajectos bem interessantes, não fosse a condição do terreno. São daqueles trilhos que nos leva a fazer estes percursos longiquos…mas isso é quando tudo ajuda. Tempo para o Carlos estrear o quadro novo numa daquelas quedazitas.

Já se tornava um martírio…barulhos por todo o lado da bicicleta, subidas mais íngremes feitas a pé, enfim….foram daqueles momentos onde acho que todos pensávamos “o que é que eu estou aqui a fazer?”.

Felizmente os últimos kms foram a descer e ao fim de 6 horas e uns trocos, mais hora menos hora, alguém teve a excelente ideia de ir à casa do Benfica comer uma bifana e brindar com uma “jeca”.

Fotos há duas, pois a vontade de parar foi muito pouca, pois estávamos completamente enlameados e molhados e se em situações normais o registo não prospera, assim ainda menos……e, e.



Se todas as voltas fossem assim, acho que só andava de dois em dois meses. O que nos valeu foi a boa companhia e disposição, no fundo, como é normal e natural (cuidado sr. Presidente e Lapierre que com este paragrafo, já estou a entrar na corrida…).

VIVA A FUGA!!!

 JAS