segunda-feira, 27 de maio de 2013

A volta dos animais

Costumam de me tratar por Zé ou Alexandre. Também há quem me trate por José, ou Zé-i, ou Alex, por Xaninho, ou brother, ou mano, até por palhaço e mais recentemente por besta (trepadeira é uma desculpa). De tanto batismo já nem sei de que religião sou. E isto a propósito da volta de hoje (26/05/2013), apelidada da volta dos animais.
Como o nosso extenso grupo está numa fase contraída, resumindo-se semanalmente a três elementos e desta como também o Africano foi uma vez mais à terra ver os família, sobrou a besta e o cão de caça (digam lá se não é tal e qual)- assim que vê uma lebre lá vai ele…e depois volta para trás para mais uma voltinha, ladra sempre quando acha que a caça está para o lado diferente ao que estamos a seguir e, este, não gosta de arêa.
E por muito que a besta se esforce, o cão de caça vai sempre lá à frente a puxar e a olhar para trás para picar mais um pouco, mas sempre à espera da sua companhia. 
E numa descida, ao ver duas lebres distraídas, entusiasmou-se demais e decidiu brincar com elas rebolando no chão para chamar a atenção. As lebres não ligaram muito e ele lá se levantou e seguiu caminho com uma esfoladelazita na pata, nada de especial.

Agora, queda, queda foi aquela que aqui a besta mandou a semana passada. Essa é que foi uma queda que nem sei como é que ainda estou aqui para a contar...bem o que vale é que a minha experiência de milhares e milhares de segundos em cima de bicicleta evitou aquilo, que para um cidadão comum, não estaria aqui para contar. A descer o single espetáculo do Cabeço para Alverca, a roda da frente bate de lado numa pedra e ai jasus…. Pus uma abaixo atrás, levantei a roda da frente ao mesmo tempo que mudava a mudança da cremalheira… com um cheirinho de travão da roda dianteira, para quando esta batesse no chão não ir com rotação a mais, um jogo de cintura para a direita, sempre a pedalar e num espaço de 552 metros, estava mesmo quase a safar, quando olho para a torre da igreja de Alverca e verifico que o meu relógio está 2 minutos e 23 segundos atrasado. Tiro a mão direita do guiador para puxar o picolete que acerta as horas e de repente um mosquito poisa na minha perna esquerda pronto a ferrar-me.  Tive que tirar também a mão esquerda para dar uma chapada na perna esquerda, quando os óculos começam a embaciar e aí é que vi que não tinha hipótese, pois por toda a experiência que um bttista tenha e por muitos que sejam os conhecimentos de sobrevivência e de gravitação, andar com os óculos embaciados é a mesma coisa que pedalar com os tomates molhados…
Felizmente todas as feridas provocadas com essa queda do camandro sararam e não tenho nenhumas fotos do estado calamitoso em que ficaram as minhas pernas e braços de tanto sangue que perdi (perto de 2 garrafões), mas fica o aviso e o alerta, que se tiverem numa aflição parecida, não liguem aos relógios dos outros, pois por vezes o nosso é que está certo.

JAS

3 comentários:

  1. As saudades que ja tenho de uma bela aventura. Mas tou com esperança de ainda vir a er bike antes de 2014.
    Parabens aos 2 guerreiros.

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  2. Pois foi.........
    O Silva, não conhecem? A Besta (Trepadeira). Já? Ok!
    Ficou tão cagado com o susto que apanhou na Serra de Alverca e mais ainda com o rebolanço do cão de caça com as lebres(eu prefiro Rafeiro Alentejano) lá para os lados de uma volta expetacular qualquer, que, tararara, ESTE DOMINGO FOI DE FRALDA.

    Não acreditam? É a mais puras das verdades.
    Íamos até Monsanto, com passagem em Belém, (eu bem que o notei meio nervoso durante esse trajeto) e quando chegámos à pastelaria do costume, pediu café e nata e "vou à casa de banho", bem, foi fazer um chichi, pensei eu, já que para cagar o Zé precissava de pelalar mais três dias, bem, caganças à parte, lá veio ele, qual foi o nosso espanto, vinha com umas fraldas na mão, atenção não eram umas fraldas quaisqueres, eram umas fraldas ALMOFADÁDAS, "à e tal, já estou mais calmo, já não precisso, estavam-se a enrolar e não sei que", pois foi assim que se passou e daí, lá vem mais um nome, O Fraldinhas, tumba acrecenta.

    Abraços e Bjs.

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